RESENHA | A grande ilusão, Harlan Coben

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MORTO OU VIVO? – Cada livro que leio um livro do Harlan Coben, gosto ainda mais das histórias dele. É um autor que consegue prender a atenção do leitor. “A Grande Ilusão” é um ótimo thriller de suspense com um final inesperado e surpreendente.

A protagonista do livro é Maya, uma ex-piloto de helicópteros que serviu o exército norte-americano no Oriente Médio, e que foi dispensada após um erro que resultou na morte de civis. No intervalo de poucos meses, Maya perde a irmã e o marido assassinados. O gatilho para a investigação acontece quando ela vê a imagem do marido em uma câmera oculta instalada na sala da sua casa, e ele está brincando com a filha deles de 2 anos. O problema é que essa imagem aparece duas semanas depois da morte dele. Isso levanta suspeitas sobre o que realmente aconteceu: Será que ele está vivo? Será que fingiu a morte? Será que há alguém tentando pregar uma peça nela?

 

“As pessoas não conseguem policiar a si mesmas quando o assunto é dinheiro e poder. Assim é a natureza humana. A gente distorce a verdade de acordo com os nossos interesses individuais.”

 

Harlan Coben vai alimentando o suspense capítulo por capítulo, oferecendo respostas em doses homeopáticas. O leitor vai descobrindo o que está acontecendo ao mesmo tempo em que a protagonista, então é impossível arriscar qualquer teoria de antemão, até porque não se tem a maioria das dicas até uns ¾ do livro. Fiquei feliz porque confirmei uma suspeita lá pela página 200 (ainda assim tá valendo hehehe).

 


Maya tem o perfil de uma mulher rígida e disciplinar porque ela sente que essa é a natureza real dela, diferente do que acredita que o “cidadão comum” esperaria de uma mulher, mãe, esposa. Ela enfrenta um conflito interno diariamente, principalmente com as memórias do que viveu na guerra, tem constantes flashbacks sobre o caso que motivou seu afastamento e, ao mesmo tempo, cria uma filha pequena e tenta coexistir num mundo que não faz ideia do que é o sofrimento que se presencia numa guerra.

Outra coisa que achei legal é que Harlan Coben usa de forma recorrente uma das frases mais clássicas de Sherlock Holmes. Maya repete o mantra várias vezes enquanto procura uma resposta para as dúvidas que vão surgindo. Quem não conhece a frase? “Depois que se excluiu o impossível, o que sobra, por mais improvável que seja, deve ser a verdade.” Mais um livro do Harlan Coben que a gente começa e não consegue parar de ler.

 

Confira a resenha em vídeo

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Título: A grande ilusão
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Este livro no Skoob

SINOPSE – Maya Stern é uma ex-piloto de operações especiais que voltou recentemente da guerra. Um dia, ela vê uma imagem impensável capturada pela câmera escondida em sua casa: a filha de 2 anos brincando com Joe, seu falecido marido, brutalmente assassinado duas semanas antes. Tentando manter a sanidade, Maya começa a investigar, mas todas as descobertas só levantam mais dúvidas. Conforme os dias passam, ela percebe que não sabe mais em quem confiar, até que se vê diante da mais importante pergunta: é possível acreditar em tudo o que vemos com os próprios olhos, mesmo quando é algo que desejamos desesperadamente? Para encontrar a resposta, Maya precisará lidar com os segredos profundos e as mentiras de seu passado antes de encarar a inacreditável verdade sobre seu marido – e sobre si mesma.

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3 comentários em “RESENHA | A grande ilusão, Harlan Coben”

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