Making a Murderer, no Netflix

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Por Rodrigo Padrini – Já imaginou ficar preso por 18 anos por um crime que você não cometeu? Parece ruim o suficiente não é mesmo? Bom, e se você enfim saísse da prisão porque acharam o verdadeiro culpado, e depois de dois anos fosse novamente acusado por outro crime e preso mais uma vez? Como diria o ilustre narrador futebolístico Milton Leite, “que faaaase”!

Costumo falar apenas de livros por aqui, mas hoje vou recomendar uma série. No dia 18 de Dezembro de 2015, foi disponibilizado no serviço de streaming “Netflix” o documentário “Making a Murderer”, uma produção dividida em 10 capítulos de aproximadamente uma hora cada, que demorou cerca de 10 anos para ser finalizada. Para quem gosta de uma boa investigação criminal, algumas polêmicas e toques de teorias da conspiração, é uma excelente escolha.

Em 2003, o norte americano Steven Avery ficou conhecido após ter sido inocentado, graças a um exame de DNA, de uma acusação de estupro e agressão no condado de Manitowoc, Wisconsin. Liberado da prisão depois de cumprir 18 anos de pena injustamente, Avery processou o Estado, pedindo uma indenização de 36 milhões de dólares, alegando falhas imperdoáveis na investigação que levou à sua prisão.

Dois anos após a sua saída, em 2005, Steven foi acusado e preso por um novo crime, dessa vez o assassinato da fotógrafa Teresa Halbach. Essa situação inusitada deu origem a um dos mais comentados documentários do momento.

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“Making a Murderer” nos leva a refletir sobre o sistema judiciário e policial, sobre o poder e o preconceito, sobre mocinhos e vilões, e sobre a vida, acima de tudo. Na ausência de um narrador principal – o que torna tudo mais interessante -, a série é composta de entrevistas com as personagens envolvidas no processo, filmagens do julgamento, áudios de telefonemas, fotos e vídeos dos depoimentos.

Pode-se observar que o documentário toma partido do acusado, focando principalmente na defesa do réu e nas incoerências do Estado. É a luta do mais fraco contra o mais forte, o Estado. Essa parcialidade não incomoda, pelo contrário, é uma forma de contar a história, sem excluir a apresentação de todos os argumentos, de todos os lados.

Arrisco-me a dizer que a grande maioria das pessoas que buscarem assistir à série, o farão em um ou dois dias, no máximo. Afinal, o documentário revela os mistérios aos poucos, e é como se você estivesse participando como membro do júri ou um familiar do réu, ou da vítima.

Por fim, recomendo que não leiam sobre o caso de Steven Avery antes de assistir ao documentário. Vejam cada episódio como a maior novidade, se surpreendam e escolham o seu lado. Assista o trailer abaixo ou veja o primeiro episódio aqui.

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Ficha técnica
Título: Making a Murderer
Criado por: Laura Ricciardi e Moira Demos
Disponível em: Netflix

Síntese: Steven Avery é acusado de um crime, mas o exame de DNA o inocenta. Ele abre um processo contra a força policial local que ameaça expor a corrupção do sistema judicial quando se vê acusado de outro crime.

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5 comentários em “Making a Murderer, no Netflix”

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