Conheça as ruínas que inspiraram Bram Stoker a criar Drácula

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Por Brad Smithfield – The Vintage News – O maior feito do irlandês Bram Stoker, certamente, foi eternizar uma das lendas mais assustadoras da história. Com o romance Drácula, publicado em 26 de maio de 1897, Stoker popularizou o mito do vampiro, que se tornaria uma febre no cinema décadas mais tarde.

Bram Stoker (imagem: domínio público)

Entre as inspirações para criar Drácula, estão os restos colossais da Abadia de Whitby e a lenda sobre o fantasma pálido de uma mulher que vagueia nas sombrias ruínas do antigo mosteiro gótico. A lenda diz que a mulher foi emparedada viva e que era frequentemente vista em uma das janelas derrubadas do local, junto aos morcegos que moram definitivamente lá. A Abadia de Whitby fica na costa do Mar do Norte, próxima à cidade de Whitby, na Inglaterra.

Em 1890, Bram Stoker pesquisou sobre o verdadeiro Vlad Dracula (Vlad III, também conhecido como Vlad O Empalador) na biblioteca local da cidade de Whitby, em North Yorkshire. Ele misturou perfeitamente a informação descoberta com sua imaginação engenhosa e, assim, nasceu a lendária história de Drácula.

Mas as ruínas assustadoras da abadia de Whitby não inspiraram apenas Bram Stoker. Ao longo dos anos, muitos visitantes, escritores e artistas comuns foram movidos pela atmosfera fantástica da estrutura colapsada. E também, no seu auge, o mosteiro era um lugar rotineiro para peregrinações e inspirou muitos cristãos dedicados a encontrar seu caminho até Deus.

As ruínas ficam em um penhasco de frente para o Mar do Norte, em uma área onde descobertas arqueológicas apontam que foi habitada desde a Idade do Bronze. Durante a era romana (século III DC) havia possivelmente um assentamento ali. No entanto, o primeiro mosteiro no local foi construído em 657 por St Hilda, que foi nomeado pelo rei saxão de Northumbria para fundar um mosteiro em Streoneshalh (o antigo nome de Whitby).

Rapidamente, o lugar se tornou um dos mais importantes complexos religiosos para os habitantes da sociedade anglo-saxônica. As células do mosteiro tornaram-se o lar de um grande número de monges e freiras. Por alguns anos, no mosteiro, viveu o famoso poeta Caedmon, conhecido como o poeta inglês mais antigo. É óbvio que o mosteiro foi respeitado pela família real de Northumbrian porque a propriedade do mosteiro serviu como seu local de enterro.

Em 664, o mosteiro era a localização do Sínodo de Whitby, quando o rei Oswiu de Northumbria decretou que a prática do cristianismo, de acordo com as práticas de Roma, substituiria a tradição cristã celta na região. Os dias de glória do mosteiro terminaram no final do século IX. Foi várias vezes atacado e destruído pelos vikings. A localização foi abandonada até depois da Conquista Normanda.

No final do século 11, o soldado e o monge Reinferd recebeu ordens de William de Percy para erguer uma abadia beneditina nas fundações do antigo mosteiro. Uma grande reconstrução da igreja do mosteiro no estilo arquitetônico gótico ocorreu no século 13. Nos séculos seguintes, foi ampliada e várias vezes reconstruída. Mas a vida do mosteiro terminou em 1540, destruído por uma ordem do rei Henrique VIII durante a Reforma. Seus soldados derrubaram grande parte das estruturas e roubaram objetos valiosos.

Ao longo dos anos, as ruínas foram moldadas pela erosão constante causada pelos fortes ventos e pela chuva. Os moradores usaram as pedras para construir suas casas. Durante a Primeira Guerra Mundial, as ruínas foram demolidas pelos navios de guerra alemães, que atacaram a estação de sinal adjacente. Hoje, a estrutura sem telhado e arruinada mantém-se em pé como uma concha acima da cidade, esperando outra lenda nascer.

 

DICA DE LEITURA

Título: Drácula – First Edition: Edição limitada para caçadores de vampiros
Autor: Bram Stoker
Tradução: Marcia Heloisa
Páginas: 580
Editora: Darkside Books
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SINOPSE – Drácula, um clássico que ainda corre quente na veia de inúmeras gerações de leitores por todo o mundo e a mais celebrada narrativa de vampiros, continua a transcender fronteiras de tempo, espaço, história e memória.Mais de 120 anos após sua primeira publicação, o romance epistolar mobiliza leitores e estudiosos, confirmando o vigor perene de uma árvore cujas sólidas raízes respondem pela vitalidade de suas ramificações. Embora o famoso conde não tenha sido o primeiro vampiro literário, certamente é o mais popular, sugado e adaptado para inúmeros universos: teatro, cinema, quadrinhos, séries e brinquedos, o semblante é reconhecido até mesmo por aqueles que nunca leram o romance. Ele está em todos os lugares.A obra atemporal de Bram Stoker narra, por meio de fragmentos de cartas, diários e notícias de jornal, a história de humanos lutando para sobreviver às investidas do vampiro Drácula. O grupo formado por Jonathan Harker, Mina Harker, dr. Van Helsing e dr. Seward tenta impedir que a vil criatura se alimente de sangue humano na Londres da época vitoriana, no final do século XIX.Um clássico absoluto do terror, Bram Stoker define em Drácula a forma como nós entendemos e pensamos os vampiros atualmente. Mais que isso, ele traz esse monstro para o centro do palco da cultura pop do nosso século e eterniza o vilão de modos refinados e comportamento sanguinário.DUAS EDIÇÕES PARA UM ROMANCE ÚNICONão é de agora que os leitores clamam por uma edição de Drácula feita pela DarkSide® Books para honrar o legado do mestre Bram Stoker. Uma obra tão grandiosa quanto essa será publicada em duas versões, para nenhum vampiro colocar defeito: FIRST EDITION, com a icônica capa amarela da primeira publicação, em 1897, uma edição inédita no mercado brasileiro que eterniza o brilho e o encanto do sol, algo inalcançável diante de toda a dor da eternidade; e a DARK EDITION, dedicada aos leitores trevosos de coração sombrio. Por dentro elas carregam o mesmo conteúdo sangrento; por fora demonstram a vida e a beleza de um clássico imortal.Para fazer os leitores se arrepiarem, Marcia Heloisa assina a tradução e introdução de Drácula. E como sangue tem poder, o descendente direto do autor, Dacre Stoker, escreve a preciosa apresentação desta edição.Carlos Primati e Marcia Heloisa dão suas contribuições para a perpétua criatura. O leitor encontra textos de apoio que contam as relações entre a verdadeira Transilvânia e a aquela eternizada no livro, bem como a influência dos vampiros na cultura pop mundial. E como a DarkSide® Books sabe o que faz o coração dos vivos leitores da editora bater mais forte, apresenta também o conto “O Hóspede de Drácula”, que fazia parte do texto de Stoker, mas foi retirado da primeira publicação.Todo esse conteúdo, planejado especialmente para os darksiders que sabem que existe uma razão para as coisas serem como são, é ornamentado com as belas e poderosas imagens de Samuel Casal, premiado quadrinista e ilustrador brasileiro, que fez uma releitura deslumbrante de personagens imortais.A coleção Medo Clássico da DarkSide® se consolida a cada mestre que entra em sua casa, fazendo uma homenagem aos grandes nomes da literatura que já causaram pesadelos inenarráveis aos leitores, década após década. Para eternizar a experiência, sempre traz ilustradores convidados e tradutores que respiram e conhecem profundamente as obras originais. De fã para fã. Até o fim.DEIXE ELE ENTRAR PARA A SUA COLEÇÃO E CONHEÇA TAMBÉM A DARK EDITION

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1 comentário em “Conheça as ruínas que inspiraram Bram Stoker a criar Drácula”

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