SÉRIE MISTÉRIO | Mary Celeste, o navio fantasma e Arthur Conan Doyle

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Em dezembro de 1872, o navio Mary Celeste foi encontrado vazio e à deriva no Oceano Atlântico. A embarcação tinha toda a carga e suprimentos intactos, com exceção do bote salva-vidas e de uma bomba d’água desmontada. Todos os passageiros haviam desaparecido.

 

Benjamin Briggs, o capitão do Mary Celeste.
(Fonte: https://www.arthur-conan-doyle.com)

 

Havia sete tripulantes e mais o capitão Benjamin Briggs e sua família a bordo, a esposa e uma filha de dois anos. Seus pertencem foram encontrados em ordem na cabine, como se nada tivesse acontecido. Foram encontrados também mantimentos, provisões, uma carga de 1701 barris de álcool, objetos valiosos como uma máquina de costura e um piano vertical no navio.

O Mary Celeste tinha saído de Staten Island, em Nova York, com destino à cidade italiana de Gênova, mas jamais completou a viagem. Ele foi encontrado completamente vazio perto da região dos Açores no dia 5 de dezembro de 1872. No registro do navio, a última entrada tinha sido feita dez dias antes. Todos automaticamente se perguntaram, o que aconteceu com a tripulação?

 


“Nosso navio está em bom estado e espero que tenhamos uma boa passagem” (última mensagem enviada pelo capitão Brigss a sua mãe, em 3 novembro de 1872)

 

Dentre as possibilidades levantadas para explicar o sumiço, estavam a de motim, pirataria, conspiração para acionar o seguro do navio, evaporação de álcool na tripulação, maremoto e até um ataque de lula gigante, no melhor estilo HP Lovecraft.

A história do misterioso navio virou lenda, inspirando o conto “A Declaração de Habakuk Jephson”, de Arthur Conan Doyle. O autor ainda não era conhecido quando publicou de forma anônima um conto na forma de testemunho sobre uma sobrevivente do navio “Marie” Celeste. A história foi publicada na edição de janeiro de 1884 da revista Cornhill Magazine, doze anos depois do ocorrido.

(Imagem: arthur-conan-doyle.com)

 

Leitores chegaram a acreditar que a história de Doyle era verdadeira, assim como aconteceria com seu detetive Sherlock Holmes no futuro. Até a ortografia do navio acabou ficando mais conhecida através do conto dele.

Ninguém descobriu o que aconteceu com os passageiros do navio naquele novembro de 1872. Nenhum bilhete foi deixado, nem ao menos uma indicação do que possa ter ocorrido. Eles desapareceram sem deixar vestígios, e jamais foram encontrados após o embarque no Mary Celeste.

* Leia o conto (em inglês)
* Livros e e-books de Sherlock Holmes

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