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Premiação: Ngaio Marsh Award

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Este é um post sobre autores pouco (ou nada conhecidos) no Brasil, mas também sobre Ngaio Marsh, a qual escreverei nos parágrafos finais.

Eu sempre me interesso em conhecer autores policiais completamente desconhecidos por aqui. É o caso de nomes do círculo literário neo-zelandês. O que você sabe, por exemplo, sobre os romancistas policiais na Nova Zelândia?

Esta semana, foram divulgados os oito indicados para o Ngaio Marsh Awards, a premiação mais importante daquele país para os romances policiais, de suspense e mistério publicados no ano anterior. O prêmio, relativamente recente, foi criado em 2010.

Pois bem, os finalistas são:

1. THE LUMINARIES, de Eleanor Catton
2. JOE VICTIM, de Paul Cleave
3. THE BECKONING ICE, de Joan Druett
4. FREDERICK’S COAT, de Alan Duff
5. MY BROTHER’S KEEPER, de Donna Malane
6. WHERE DEAD MEN GO, de Liam McIlvanney
7. CROSS FINGERS, de Paddy Richardson
8. ONLY THE DEAD, de Ben Sanders

Nenhum autor citado acima foi publicado no Brasil ainda. O vencedor do Ngaio Marsh Award 2014 será anunciado dia 30 de agosto, e talvez o vencedor chegue por essas bandas no ano que vem. Agora vamos para Miss Ngaio.

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Você sabe quem foi Ngaio Marsh?

Ela é pouco conhecida no Brasil (ao menos atualmente pelas esquinas das livrarias), mas foi uma famosa escritora na Era de Ouro dos romances policiais, entre as décadas de 1920 e 1930 principalmente. Ao lado de Agatha Christie, Margery Allingham e Dorothy L. Sayers, Ngaio formou o quarteto das “Damas do Crime”, as romancistas policiais que sabiam onde esconder o veneno e que embaralhavam as evidências como ninguém…

Ngaio também criou um detetive caricato, o policial Roderick Alleyn, que estrelou 32 romances – o primeiro em 1934 – e até virou série de TV na Nova Zelândia e na Inglaterra. É tão duradouro que o último livro que ele protagonizou foi lançado em 1982. Um detetive polido, da estirpe dos cavalheiros ingleses, bem característico da época que marcou a sua ascensão literária.

Mas além de escrever policiais, Ngaio também foi conhecida em seu país por incentivar intensamente a produção teatral, escrevendo e dirigindo inúmeras peças (em sua homenagem, existe hoje um belo teatro chamado Teatro Ngaio Marsh, na Universidade de Canterbury).

Uma curiosidade é que Ngaio foi registrada pelo pai tempos após nascer (não se sabe ao certo quantos anos depois), então a idade da escritora sempre foi inexata. O que se sabe é que ela morreu bem velhinha (tal qual Agatha Christie), com oficialmente (possivelmente) 86 anos bem vividos e distribuídos…

(Fontes: Wikipédia, Crime Fiction Awards e Crime Watch)

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