Por Mateus Baldi – Todo mundo sabe que o cinema brasileiro anda metido numas de reviver a chanchada – o que até tem dado certo. Mas no meio dessa comédia toda, a História nos mostrou que sempre há espaço para retratar – muito bem, por sinal – o crime e seus desdobramentos.
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Rio de Janeiro: Histórias de vida e morte
1. LUCIO FLAVIO, O PASSAGEIRO DA AGONIA
Dirigido por Hector Babenco e escrito pelo chileno Jorge Duran, Lucio Flavio conta a história de um dos mais notórios bandidos dos anos 1970. Extremamente belo e inteligente, Lucio Flavio aterrorizou o Rio de Janeiro com seus assaltos cinematográficos. Brutal na medida certa, esse filmaço conta com Reginaldo Faria, Milton Gonçalves, Paulo César Pereio e Grande Otelo.
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2. COELHOS
Escrito e dirigido pelo publicitário Afonso Poyart, 2 Coelhos trata de política e vingança como se fosse um videoclipe dirigido por Quentin Tarantino. Com Alessandra Negrini no elenco, a história versa sobre um homem que deseja matar dois coelhos com uma cajadada só. O final, redentor, é uma belezinha. Grande filme, sobretudo para quem aprecia um bom policial cheio de flashbacks e roteiro intrincadíssimo. PS: em algum momento da história, tudo vira um verdadeiro GTA, com gráficos, estrelinhas e tudo.
3. O LOBO ATRÁS DA PORTA
Sob a mira da FACA DO SPOILER, não me atrevo a falar nada demais sobre o melhor filme nacional dos últimos tempos. Brutal, bem dirigido e escrito pelo paulista Fernando Coimbra, O Lobo versa sobre um casal, a amante do homem e os segredos que o subúrbio, oculto pelas linhas de trem que não chegam à zona sul, escondem. Corre pra Netflix e vai ver. Já.
4. TROPA DE ELITE 2
Se o primeiro era uma denúncia ao sistema policial e à corrosão da defesa brasileira, o segundo é uma porrada em absolutamente todas as partes do sistema. De deputados a governadores, passando por Brasília, televisão e milicianos: não sobra ninguém. Dez anos depois da visita do Papa, Roberto Nascimento está mais furioso, mais letal e mais perigoso que nunca. Nosso John McLane se embrenha numa luta contra o sistema para tentar salvar sua própria vida. Um filmaço recheado de violência, diálogos afiadíssimos e uma trama surpreendente pra crítico nenhum botar defeito.
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Nasceu em 1994. É escritor e roteirista. Fundou a plataforma literária Resenha de Bolso, foi editor de cultura da revista Poleiro e colaborador de literatura no site da Piauí.
Fiquei muito curiosa com o Lobo atrás da Porta, correndo pro Netflix!! Adorei as indicações, bjos 😉
que bom que gostou!!
beijo!
Não encontrei o Lobo atrás da porta no Netflix