DESTAQUES DE NOVEMBRO – Confira os destaques literários deste mês no país. Para ver todos os lançamentos, clique aqui.
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1. Estações Havana, Leonardo Padura
(Boitempo Editorial)
Depois do sucesso de “O Homem Que Amava os Cachorros” (2013) e Hereges (2015), a Editora Boitempo movimentou-se para adquirir os direitos para publicar a série inicial com o detetive-tenente Mario Conde, o mítico personagem de Leonardo Padura. Três dos quatro livros já tinham saído no Brasil pela Companhia das Letras – “Passado Perfeito”, “Ventos de Quaresma” e “Máscaras”. Faltava “Paisagem de Outono”, que finalmente chega às estantes nacionais e tem na escritora Ivone Benedetti a sua tradutora. Os livros receberam novos tratamentos de edição e tradução, além de projeto gráfico que dá unidade ao conjunto, o que ainda não havia sido feito antes também. Leia um trecho de “Máscaras” no blog.
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2. Cujo, Stephen King
(Suma de Letras)
Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial-killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites. Você pode me sentir mais perto… cada vez mais perto.
Nos limites da cidade, Cujo – um são bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber – se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde é mordido por um morcego raivoso. A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe e como destrói a vida de todos a sua volta é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.x
3. O Escaravelho de Ouro, de Edgar Allan Poe
(Editora Arte & Letra)
O Escaravelho de Ouro é uma história incrível criada por Edgar Allan Poe e a melhor representante de uma das características mais marcantes do escritor. Poe sempre foi um admirador de desafios lógicos, chegou a publicar um anúncio no jornal pedindo que enviassem criptogramas para seu endereço e não por acaso criou o gênero policial.
É difícil resistir a um criptograma, desvendar a mensagem que se esconde no que aparenta ser um caos de símbolos e letras, por isso é fácil compreender porque Poe escreveu um conto que tem como grande protagonista a criptografia. Com sua narrativa envolvente, Poe nos leva a uma caça ao tesouro, repleta de mistérios que exigem raciocínio afiado para sua resolução. Ao final desta edição, o leitor encontrará um criptograma que usa a mesma lógica que Poe criou para O Escaravelho de Ouro. Tradução: César Alcazar.
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4. Jantar Secreto, Raphael Montes
(Companhia das Letras)
Um grupo de jovens deixa uma pequena cidade no Paraná para viver no Rio de Janeiro. Eles alugam um apartamento em Copacabana e fazem o possível para pagar a faculdade e manter vivos seus sonhos de sucesso na capital fluminense. Mas o dinheiro está curto e o aluguel está vencido. Para sair do buraco e manter o apartamento, os amigos adotam uma estratégia heterodoxa: arrecadar fundos por meio de jantares secretos, divulgados pela internet para uma clientela exclusiva da elite carioca. No cardápio: carne humana.
A partir daí, eles se envolvem numa espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos, matadouros clandestinos, grã-finos excêntricos e levam ao limite uma índole perversa que jamais imaginaram existir em cada um deles.
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5. Quem matou Roland Barthes?, Laurent Binet
(Companhia das Letras)
Após vencer o Prêmio Goncourt com seu primeiro romance, HHhH, Laurent Binet volta a transitar pela fronteira entre ficção e realidade numa engenhosa e bem-humorada mescla de thriller histórico e farsa filosófica. A premissa é simples: e se o atropelamento que matou o crítico e semiólogo francês Roland Barthes não tivesse sido um acidente, mas sim um crime? E se o autor de Fragmentos de um discurso amoroso tivesse sido vítima de uma conspiração por estar de posse de um manuscrito contendo a sétima função da linguagem, última parte da teoria do linguista Roman Jakobson nunca revelada, capaz de convencer qualquer um de qualquer coisa?
Nos meios intelectuais e políticos da Paris de então, em que transitam personagens como Foucault, Derrida, Deleuze, Althusser e Guattari, qualquer um pode ser o culpado.
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6. A invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares
(Globo Livros)
Romance publicado originalmente em 1940, foi considerado por Jorge Luis Borge “uma trama perfeita”. Um cidadão venezuelano torna-se recluso em uma ilha deserta para fugir de uma condenação judicial. Enquanto se alimenta de raízes psicotrópicas, o expatriado vê se apagar cada vez mais o limite entre a imaginação e a realidade.
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7. São Paulo Noir, Tony Bellotto (org)
(Editora Leya)
Paulicéia é tema do novo livro da série “Noir” Uma seleção de histórias surpreendentes onde a cinzenta São Paulo, mais do que um simples cenário, torna-se personagem.
Contos policiais que retomam a atmosfera noir imortalizada por Hollywood em filmes como “O falcão maltês”, escritos por nomes como Marcelo Rubens Paiva, Mario Prata, Jô Soares, Drauzio Varella, Ferréz, Vanessa Barbara, entre outros.
Jornalista. Trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: [email protected]