A vida que enterramos, de Allen Eskens, é uma investigação sobre o passado

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Por Ana Paula Laux – O personagem principal de A vida que enterramos é um jovem chamado Joe Talbert, que está cursando a faculdade e recebe a tarefa de escrever uma biografia. Joe não tem parentes próximos, sua relação com a própria mãe é muito ruim e ele não tem tantos amigos, então acaba tendo a ideia de procurar um biografado no asilo da cidade.

Lá ele encontrará Carl Iverson, condenado pelo estupro e assassinato de uma menina de 14 anos e que passou 30 anos de sua vida na cadeia. Carl foi liberado da prisão porque é um paciente terminal. Ele está morrendo de câncer. Joe decide escrever sua história de vida, acaba descobrindo que vários pontos da condenação de Carl ficaram mal explicados e que existe a possibilidade de que ele não tenha matado a menina. O próprio Carl reforça a sua inocência no primeiro dia em que encontra Joe, e só decide contar a verdade para ele depois que o faz confessar segredos do próprio passado, como se estivesse o testando para provar que todos erramos na vida.

 

A trama é sobre é a investigação do passado de Carl, sua possível inocência, seu período como soldado no Vietnã, as dificuldades que enfrentou na vida e como lidou com questões que o afetaram profundamente.

 

Há outros conflitos menores criados pelo autor, como o fato de Joe ter uma mãe bêbada e irresponsável e ter que lidar com ela, com a fragilidade do irmão, um jovem autista encantador com papel chave na história, sua relação com Lily, a vizinha que o ajuda nas investigações e pela qual ele se apaixona, e a própria batalha interna de Joe para enfrentar seus demônios e questionar a realidade.

Allen Eskens sabe prender a atenção do leitor, e o resultado é um livro que se lê rapidamente. Há alguns trechos descritivos que poderiam ter sido mais resumidos, principalmente nos capítulos finais, mas isso não prejudica tanto o ritmo da leitura. O autor é advogado criminalista há 25 anos, e também é formado em jornalismo. Há coerência na abordagem dos temas sobre a lei e sobre os trâmites legais que envolvem as ações do protagonista.
 

 

A vida que enterramos foi traduzido para 16 idiomas e ganhou alguns prêmios, e no Brasil foi publicado pela Editora Intrínseca. Allen Eskens também foi finalista do prêmio Edgar Award, que é um dos mais importantes, senão o mais importante, dentro do gênero policial. O livro é muito interessante e envolvente. Definitivamente recomendo para quem gosta de histórias com uma boa dose de emoção!

 

Confira a resenha em vídeo

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* Exemplar enviado pela Editora Intrínseca

Título: A vida que enterramos
Autor: Allen Eskens
Tradução: Renato Marques e Alexandre Raposo
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
Este livro no Skoob

SINOPSE – A única coisa que Joe Talbert deseja é terminar o trabalho da faculdade: entrevistar um estranho e escrever uma breve biografia. Com os prazos se aproximando, o garoto decide ir a um asilo para encontrar o tão desejado objeto de trabalho. Lá ele conhece Carl Iverson e logo a vida de Joe vai ter mudado para sempre. Veterano da Guerra do Vietnã, desenganado com apenas alguns meses de vida, Carl foi internado na casa de repouso em liberdade condicional devido ao estágio avançado de câncer depois de trinta anos preso pelos crimes de estupro e assassinato. À medida que escreve sobre a vida de Carl, principalmente sobre o período que o homem passou na guerra, Joe começa a ter dificuldade de conciliar o heroísmo do soldado com os desprezíveis atos do criminoso. Acompanhado de Lila, sua vizinha cética, Joe se lança em uma busca pela verdade, mas lidar com a mãe perigosamente disfuncional, a culpa de deixar o irmão autista sozinho em casa e uma lembrança assustadora vão malograr seus esforços. Fio por fio, Joe começa a desfazer a intricada tapeçaria do crime de Carl, mas, quanto mais se aproxima das reais circunstâncias do crime, mais nós aparecem. Joe vai conseguir descobrir a verdade ou já é muito tarde para escapar?

 

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2 comentários em “A vida que enterramos, de Allen Eskens, é uma investigação sobre o passado”

  1. Oi Ana,

    Gostei bastante do livro tbm.
    Fiquei super envolvido com a estória e bem curioso para decifrar o mistério. Achei a trama muito bem desenvolvida, sem reviravoltas absurdas e no final o autor amarrou tudo bem direitinho.
    Só achei o desfecho um pouco previsível.
    Mas ainda assim foi um dos melhores livros policiais que li nos ultimos tempos, pq peguei cada “bomba” esse ano rsrs

    Abraço,
    Alê
    Alem da Contracapa

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    1. Oi Ale! Tivemos impressões parecidas do livro, né? Acabei de ler a resenha de vocês, ficou ótima. Li super rápido também, levei acho que 2 ou 3 dias (isso pra mim é rápido, acredite rs). Acho que esse autor começou muito bem! Abração pra vocês 🙂

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