Em 1969, Sharon Tate estava grávida de oito meses quando foi barbaramente morta por seguidores de Charles Manson em Los Angeles. O grupo, que pertencia à chamada “Família Manson”, matou sete pessoas entre 9 e 10 de agosto daquele ano.
Conheça mais detalhes sobre o caso que chocou o mundo.
Sharon Tate foi uma atriz norte-americana que despontou para o cinema na década de 1960, com filmes como O Vale das Bonecas, de 1967, que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro. Ela foi casada com o diretor de cinema Roman Polanski.
Manson foi o líder de uma seita formada por jovens hippies na Califórnia, que viraram seus seguidores na década de 1960. Músico frustrado, manipulador e com mania de grandeza, ele influenciou um grupo de pessoas ao ponto de tornar-se uma referência para eles. Manson foi o mandante dos assassinatos do casal Leno e Rosemary LaBianca, de Sharon Tate e mais quatro amigos que estavam na casa com a atriz.
Rosemary e Leno LaBianca foram mortos por integrantes da Família Manson em 10 de agosto de 1969, após os assassinatos na casa da atriz Sharon Tate. A ordem para a sua morte veio de Charles Manson, que invadiu a casa no meio de noite com outro integrante da seita. Ele deixou o local após algum tempo, certificando-se de que alguns de seus seguidores iriam levar adiante o crime. Os casos só foram relacionados dois meses após o assassinato de Tate.
Manson acreditava que os homicídios que promoveu seriam atribuídos a negros. Em seu delírio, ele esperava provocar uma espécie de guerra racial no país, onde se destacaria como um líder em meio à situação. A esse processo ele deu o nome de “Helter Skelter”, música dos Beatles lançada em 1968 no famoso Álbum Branco.
Sharon Tate foi assassinada no dia 9 de agosto de 1969 em sua casa, em Bel Air, Hollywood. Ela estava grávida de oito meses do diretor Roman Polanski, e esperava ter o bebê em 15 dias. Com ela dentro de casa estavam mais quatro pessoas (Jay Sebring, Abigail Folger, Wojciech Frykowski e William Garretson, o caseiro). Integrantes da seita de Charles Manson – Charles “Tex” Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Linda Kasabian, todos com idades entre 20 e 23 anos -, invadiram a casa, balearam, esfaquearam, espancaram e mataram todos os seus ocupantes. A atriz recebeu 16 facadas, muitas na barriga.
A “inspiração” para a barbárie, segundo Manson, teria vindo da interpretação pessoal dele de uma música dos Beatles. O promotor do caso disse que Manson enxergou mensagens subliminares em Helter Skelter, música de 1968 do grupo. Para Manson, deveria haver uma guerra entre brancos e negros, “em que os brancos seriam exterminados pelos negros”. Sua intenção era criar conflitos raciais para promover confrontos nas ruas.
A casa onde Sharon Tate morava tinha sido alugada anteriormente por Terry Melcher (foto), produtor musical que era o alvo original de Charles Manson. Com a intenção de divulgar sua música, Charles Manson havia conseguido se aproximar de Dennis Wilson, dos Beach Boys, e do produtor musical Terry Melcher, filho de Doris Day. Após presenciar uma briga envolvendo Manson, tanto Wilson quanto Melcher se afastaram dele na época, o que deixou Manson ressentido. Alimentado pelo sentimento de vingança, ele voltou à casa onde Melcher morava e não acreditou quando foi informado que o local tinha sido alugado pelo casal Roman Polanski e Sharon Tate. Sua ordem foi a de matar todos que estivessem lá dentro.
Charles Manson e os seguidores que cometeram os crimes foram acusados por seis assassinatos e condenados à prisão perpétua. Manson, que se considerava um “rejeitado da sociedade”, jamais recebeu a liberdade condicional. Morreu dia 19 de novembro de 2017 aos 83 anos, na Califórnia.
Debra, a irmã de Sharon, disse que viu a irmã um mês antes dos assassinatos. A família se reuniu para assistir ao primeiro pouso na lua pela NASA. Tate estava nos últimos dias de gravidez então. Logo após o pouso da nave Apollo 11, todos se despediram para nunca mais vê-la.
A mãe de Sharon, Doris Tate, se colocou contra a liberdade condicional dos assassinos da filha. Foi por causa de uma campanha encabeçada por ela que a legislação penal nos Estados Unidos foi mudada, concedendo aos parentes de vítimas a permissão para prestarem depoimentos nas audiências de pedidos de liberdade condicional de presos por crimes de morte na Califórnia. Na audiência de clemência para liberdade condicional de Tex Watson, um dos assassinos, ela retrucou: “Que clemência, senhor, o senhor mostrou por minha filha quando ela implorava por sua vida? Que clemência teve por minha filha quando ela lhe disse ‘me dê duas semanas para ter meu filho e então pode me matar’? Quando Sharon terá clemência? Poderão estas sete vítimas e talvez mais levantarem de seus túmulos se o senhor receber liberdade condicional? O senhor não é confiável.”
Jornalista. Trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: analaux@gmail.com
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