9 curiosidades sobre Shirley Jackson, ícone da literatura de horror

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Na biografia Shirley Jackson: A Rather Haunted Life, Ruth Franklin refere-se à autora como alguém que “representou a história secreta das mulheres americanas de sua época”. A verdade é que Shirley Jackson entrou para a história como um dos grandes nomes da literatura de horror e fantástico sombrio.

Ela nasceu em 1916 em San Francisco, Estados Unidos, filha de uma família de classe média. Desde criança, já amava ler. Casada com um crítico literário, jamais se afastou dos livros e da literatura, mesmo enfrentando vários problemas pessoais e de saúde. Nessas horas, era às palavras que recorria quando queria refletir sobre o mundo e a natureza humana.

Muitas de suas personagens eram mulheres, com histórias que tratavam de medos e inseguranças da sociedade na metade do século passado. Usando de metáforas e simbolismos, ela abordava questões sob um ponto de vista inovador.

Descubra 9 curiosidades sobre Shirley Jackson, que morreu em 8 de agosto de 1965, aos 48 anos.

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1. Infância com livros

Quando pequena, não se relacionava bem com outras crianças. Sua forma de escape era ler e escrever, para desagrado da mãe, que queria que ela socializasse mais com as pessoas.

 

2. Casamento

Conheceu o futuro marido, Stanley Edgar Hyman, depois de ganhar um concurso de poesia na Universidade de Syracuse, onde ambos estudavam. Ele se tornou professor universitário e crítico literário. O casal era conhecido por organizar encontros com autores e pessoas ligadas à literatura. Tiveram quatro filhos juntos.

 

3. Spectre

(Imagem: Honey & Wax Books)

Em 1940, fundou com o marido a revista literária Spectre. A revista teve quatro edições, e tratava de questões controversas da Universidade de Syracuse, como deficiências intelectuais do corpo estudantil, a defesa de políticas progressistas e questões raciais no campus, que havia se recusado a abrigar estudantes negros.

 

4. Primeiro sucesso

O conto A Loteria foi o primeiro sucesso literário. Foi publicado em 1948 na revista New Yorker, e gerou a fúria de leitores por conta de seu teor e final. A revista recebeu mais de 300 cartas com reclamações por causa desse conto. Posteriormente ele foi adaptado para a TV, em 1959.

 

5. Biblioteca

(Imagem: The New Yorker

Estima-se que a biblioteca pessoal da família Jackson tinha cerca de 100 mil livros.

 

6. Sem comentários

Ela não gostava de falar sobre o teor de suas histórias. O viúvo de Jackson, que levou adiante seu legado, disse que “ela se recusava, consistentemente, a ser entrevistada, para explicar ou promover sua obra de qualquer maneira, ou tomar posições públicas e ser uma comentarista de suplementos de domingo. Ela acreditava que seus livros falariam por ela de forma suficientemente clara ao longo dos anos”.

 

7. A Maldição de Hill House

(Fonte: Manhattan Rare Books)

Em outubro de 2018, uma de suas histórias mais conhecidas virou série na Netflix. A Maldição de Hill House é uma narrativa de terror sobrenatural adaptada do livro de Jackson, A Assombração da Casa da Colina, lançado originalmente em 1959. A trama é sobre a vida da família Crain e filhos, e começa mostrando a mudança deles para uma casa antiga e mal assombrada, que influenciará toda a sua trajetória pessoal. A direção foi de Mike Flanagan.

 

8. Problemas médicos

(Com o irmão, Barry Jackson, em 1935. Fonte: BBC)

Shirley Jackson sofria de problemas cardíacos, lutava contra a ansiedade, sobrepeso e agorafobia, que é o medo de lugares e situações que podem levar a pessoa a sentir-se ameaçada, em pânico ou constrangida. Ela também ingeria muita medicação no tratamento das doenças. Sua morte foi prematura, com 48 anos, de insuficiência cardíaca.

 

9. Influência

Shirley Jackson é citada como forte influência por vários nomes da literatura, como Joyce Carol Oates, Stephen King e Neil Gaiman. Ela é reconhecida hoje como um dos grandes nomes da literatura de horror e mistério, e vem tendo sua obra redescoberta por novas gerações de leitores.

 

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