Ele é o detetive mais famoso da literatura, mas será que Sherlock Holmes realmente existiu? Muita gente acha que sim. Holmes ganhou tanto a simpatia dos leitores que acabou virando um símbolo da Inglaterra.

Quando Arthur Conan Doyle criou o endereço do detetive, a rua Baker Street existia mas o número 221 B não. Era um endereço fictício em Londres, pois no final do século 19 a rua não chegava nem ao número 200.

 

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Apesar disso, muita gente acreditava que Sherlock era um detetive real e que trabalhava naquele lugar. Por isso, enviavam cartas para contratá-lo em casos criminais e para pedir conselhos.

Na década de 1930, aconteceu uma reformulação nos endereços de Londres e a Baker Street ganhou mais números. A partir de então havia oficialmente um número 221 B, porém o lugar acabou virando o endereço de um banco, que passou a receber por décadas as cartas dos fãs do Sherlock e de outras pessoas que queriam contratar os serviços dele.

Pode-se imaginar que acreditar em um Sherlock real é coisa do passado, que as pessoas talvez fossem mais ingênuas no final do século 19, porém em 2008 um canal de TV britânico fez uma enquete perguntando para 3 mil ingleses se eles achavam que o Holmes foi uma pessoa real. A resposta? 58% responderam que sim. Sherlock foi tão bem imaginado por Doyle que até hoje há quem acredite que ele realmente existiu. De uma certa forma ele até existiu, mas não literalmente.

Arthur Conan Doyle se inspirou em um professor para criar o Sherlock Holmes. Seu nome era Joseph Bell, um cirurgião que deu aula para Doyle na Universidade de Edimburgo no final do século 19. Segundo o escritor, este professor era uma pessoa bastante observadora e ficou conhecido pelo raciocínio dedutivo. Ele costumava avaliar seus pacientes e dar um diagnóstico baseado em um método dedutivo, tentando decifrar pistas que pudessem trazer informações sobre eles.

O ato claramente impressionava seus alunos, tanto que Conan Doyle jamais se esqueceu Bell, e foi pensando nele que criou o dedutivo e analítico Holmes. Esta inspiração é o que chega mais perto de um Sherlock da vida real, mas o detetive mesmo da Baker Street jamais existiu. Infelizmente.

* Livros e e-books de Sherlock Holmes

 

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DICA DE LEITURA

Título: As aventuras de Sherlock Holmes
Autor: Arthur Conan Doyle
Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges
Páginas: 416
Editora: Zahar
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SINOPSE – Essa luxuosa edição de bolso de As aventuras de Sherlock Holmes traz preço reduzido e 50 ilustrações originais de Sidney Paget. A versão impressa apresenta ainda capa dura e acabamento de luxo. O volume reúne os doze primeiros contos de Holmes, publicados originalmente entre julho de 1891 e junho de 1892 na revista britânica Strand Magazine. Entre esses contos estão as histórias mais conhecidas do mestre de Baker Street, como “A Liga dos Cabeças Vermelhas”, “Escândalo na Boêmia” e “A banda malhada”.