Um “mistério aconchegante” é um subgênero literário de mistério que se caracteriza por histórias leves, com uma atmosfera acolhedora e personagens simpáticos.
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Também conhecido como “mistério acolhedor” ou “cozy mystery” em inglês, esse tipo de narrativa geralmente se passa em pequenas comunidades, como vilarejos ou cidades do interior, e envolve um crime a ser solucionado.
Diferente de romances policiais mais sombrios e violentos, os mistérios aconchegantes tendem a focar menos na violência explícita e mais nas relações entre os personagens e na resolução do enigma.
Eles costumam apresentar protagonistas amadores, como detetives aficionados ou personagens do cotidiano, como donas de casa ou livreiros, que se envolvem na investigação por curiosidade ou por estarem próximos ao caso.
Confira dias de mistérios aconchegantes a seguir.
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1. Mistério em Windsor
No dia seguinte a um evento oferecido pela rainha Elizabeth no castelo de Windsor, um de seus convidados é encontrado morto nos aposentos que ocupava. A cena leva a crer que o jovem russo se enforcou, mas um pequeno detalhe induz o MI5 a suspeitar de homicídio. Quando os agentes começam a interrogar os funcionários mais leais do castelo, Sua Majestade sabe que eles estão procurando no lugar errado. Desde sua juventude, a rainha tem vivido uma vida dupla incrível. Nos bastidores, ela vem usando seu enorme talento para desvendar crimes. Com a ajuda de Rozie Oshodi, uma funcionária de ascendência nigeriana recém-contratada para o cargo de assistente de seu secretário particular, ela dá início a uma investigação paralela. Enquanto a monarca continua tocando os compromissos reais com a desenvoltura de sempre, ninguém na Casa Real, no governo ou no público desconfia de que a determinada Elizabeth não hesitará em usar seu olhar aguçado, sua mente afiada e seu equilíbrio emocional para colocar esse assassino atrás das grades.
2. O clube do crime das quintas-feiras
Toda quinta, em um retiro para aposentados no sudeste da Inglaterra, quatro idosos se reúnem para ― segundo consta na agenda da sala de reunião ― discutir ópera japonesa. Mas não é bem isso que acontece ali dentro. Elizabeth, Ibrahim, Joyce e Ron usam o horário para debater casos policiais antigos sem solução, confiantes de que podem trazer justiça às vítimas e encontrar os responsáveis por algumas daquelas atrocidades do passado. Com todos os integrantes acima dos setenta anos, o Clube do Crime das Quintas-Feiras não é a equipe de detetives mais convencional em que se conseguiria pensar, mas com certeza está mais do que acostumada a fortes emoções. Afinal, Joyce foi enfermeira por décadas, Ibrahim ajudou pacientes psiquiátricos em situações dificílimas, Ron era um reconhecido líder sindical e Elizabeth… bom, digamos que assassinatos e redes de contatos sigilosas não eram nenhuma novidade para ela. Quando um empreiteiro local com projetos bastante questionáveis na cidade aparece morto, o grupo tem a oportunidade de seguir as pistas de um caso atual. Apostando em seus semblantes inocentes e habilidades investigativas estranhamente eficazes ― além de trocas de favores clandestinas com a polícia, que, apesar de todos os esforços, parece estar sempre um passo atrás de seus colegas amadores ―, os quatro amigos embarcam em uma aventura na qual as mortes do presente se entrelaçam com antigos segredos, e em que saber demais pode trazer consequências perigosas.
3. Natureza-morta
O experiente inspetor-chefe Armand Gamache e sua equipe de investigadores da Sûreté du Québec são chamados a uma cena do crime suspeita em Three Pines, um bucólico vilarejo ao sul de Montreal. Jane Neal, uma pacata professora de 76 anos, foi encontrada morta, atingida por uma flecha no bosque. Os moradores acreditam que a tragédia não passa de um infeliz acidente, já que é temporada de caça, mas Gamache pressente que há algo bem mais sombrio acontecendo. Ele só não imagina por que alguém iria querer matar uma senhora que era querida por todos. Porém, o inspetor-chefe sabe que o mal espreita por trás das belas casas e das cercas imaculadas e que, se observar bem de perto, a pequena comunidade começará a revelar seus segredos. Natureza-morta dá início à série policial de grande sucesso de Louise Penny, que conquistou leitores no mundo todo graças ao cativante retrato da cidadezinha, ao carisma de seus personagens e ao seu estilo perspicaz de escrita.
4. Assassinato na casa do pastor
St. Mary Mead. Um pacato vilarejo onde há quinze anos não ocorre um homicídio e onde as pessoas discutem a vida alheia tomando chá. Quando um sangrento crime acontece em plena casa do pastor, o alvoroço é grande. O arrogante inspetor Slack é escalado para investigar o caso. O mistério também intriga uma discreta moradora que gosta de jardinagem e de observar pássaros de binóculo, mas cujo principal hobby é o estudo do comportamento humano- Miss Marple. A estreia da sagaz velhinha, o aparecimento de personagens inusitados e a engenhosidade da trama fazem deste romance de 1930 um dos clássicos de Agatha Christie.
5. Maisie Dobbs
Aos 13 anos, Maisie Dobbs começa a trabalhar como criada em uma residência da aristocracia londrina. Sua patroa, a sufragista lady Rowan Compton, logo descobre a sede de conhecimento da menina e resolve patrocinar seus estudos. Seu tutor é o famoso investigador Maurice Blanche, que percebe os dons intuitivos da moça e a ajuda a ser admitida na prestigiosa Girton College, em Cambridge. O início da Primeira Guerra acaba mudando seus planos. Maisie se alista como enfermeira e parte para a França, servindo no front, onde perde – e também encontra – uma parte importante de si mesma. Anos depois, na primavera de 1929, ela abre seu escritório como investigadora particular, seguindo os passos de Maurice, que lhe ensinou que coincidências são sempre significativas e a verdade, ilusória. Seu primeiro caso parece apenas uma trivial questão de infidelidade, mas acaba se revelando algo muito diferente, que a obrigará a enfrentar o fantasma que a assombra há mais de uma década.
6. A camareira
Molly Gray tem dificuldade com interações sociais. Aos 25 anos, a jovem muitas vezes entende errado as intenções das outras pessoas, e sua avó costumava interpretar o mundo para ela, criando regras simples segundo as quais a neta poderia viver. Desde que a avó morreu, nove meses atrás, Molly tem navegado sozinha pelas complexidades da vida. Sua única alegria é ainda poder se dedicar com prazer ao emprego e realizar um trabalho impecável. Camareira do sofisticado Hotel Regency Grand, tem um amor obsessivo por limpeza e organização, o que a torna a pessoa ideal para o cargo. Certo dia, ao entrar na suíte do infame e riquíssimo Charles Black, a vida organizada de Molly vira de cabeça para baixo: além de encontrar os cômodos em completa desordem, a jovem se depara com nada menos que o próprio Sr. Black morto na cama. Antes mesmo que entenda o que está acontecendo, no entanto, seu comportamento incomum levanta suspeitas da polícia, e a camareira, acostumada a passar despercebida, logo se vê presa em uma teia de mentiras e mal-entendidos que não faz ideia de como desfazer. Felizmente para Molly, amigos que ela nunca soube que tinha se unem em busca de pistas sobre o que realmente aconteceu com o Sr. Black. Mas eles serão capazes de encontrar o assassino antes que seja tarde demais? Neste mistério que explora o que significa ser igual e ao mesmo tempo muito diferente de todos à sua volta, o leitor se vê em uma jornada emocionante, em que a verdade por trás de uma história nem sempre é absoluta. E quando as reviravoltas parecerem ter chegado ao fim, é melhor repensar: A camareira está pronta para surpreender.
7. A espiã da realeza
Apesar de ser a 34ª na linha de sucessão ao trono inglês, lady Victoria Georgiana Charlotte Eugenie de Glen Garry e Rannoch – Georgie para os íntimos – está totalmente falida. Para continuar se mantendo, ela tem duas opções: se casar com um príncipe com cara de peixe ou se tornar acompanhante de uma tia idosa e reclusa. Georgie se recusa a aceitar qualquer um desses destinos deprimentes e decide ir sozinha para Londres em busca de emprego e liberdade. Mas antes que consiga qualquer uma dessas coisas, é convocada para um chá com a própria rainha, que a incumbe de espionar o príncipe de Gales e sua amante americana. Enquanto tenta se desdobrar para arranjar um trabalho remunerado e ao mesmo tempo bancar a detetive para Sua Majestade, Georgie chega em casa um dia e encontra, morto em sua banheira, o francês arrogante que estava reivindicando a posse da propriedade ancestral dos Glen Garry e Rannoch. Agora ela terá que usar seus dotes investigativos recém-descobertos para provar a inocência de sua família e limpar seu sobrenome. Para isso, contará com a ajuda de um avô de sangue nada azul, de uma antiga amiga de escola e de um irlandês bonitão de linhagem nobre porém tão pobretão quanto ela.
8. O Jogo do Assassino
As festas de sir Hubert Handerslay em sua casa de campo em Framptom já se tornaram famosas entre a alta sociedade britânica. E, para essa reunião, ele tem algo diferente planejado para entreter as visitas: o Jogo do Assassino. Mas, quando as luzes se acendem, a brincadeira se transforma em um pesadelo: o corpo de um dos convidados é encontrado morto. Agora, caberá a Roderick Alleyn, inspetor-chefe da Scotland Yard, desvendar o crime. E, no processo, ele precisará encarar uma coleção de álibis, um mordomo desaparecido e um quebra-cabeça de conspirações na busca pelo jogador mais importante: o responsável pelo golpe fatal. Essa edição do Clube do Crime, coleção que resgata clássicos inéditos ou pouco conhecidos de suspense e mistério, traz o envolvente e inesperado suspense originalmente publicado em 1934 de Ngaio Marsh ― que, ao lado de Agatha Christie, Dorothy Sayers e Margery Allingham é considerada uma das Rainhas do Crime da Era de Ouro da literatura de mistério.
9. Convite para um homicídio
Chipping Cleghorn é uma cidade pequena na qual todos se conhecem. Até que, um dia, um anúncio no jornal convida todos para um homicídio que acontecerá na casa de Letitia Blacklock. Levados pela curiosidade, os moradores da cidadezinha decidem comparecer no horário marcado. O que parecia ser uma brincadeira inocente rapidamente se transforma em uma tragédia quando as luzes se apagam, tiros são disparados e uma pessoa é assassinada. Quem poderia ter orquestrado esse crime? Considerado um dos melhores casos de Miss Marple, Convite para um homicídio é o 50º livro de Agatha Christie.
10. O homem que morreu duas vezes
A quinta-feira agora é o melhor dia da semana. Com os crimes mais recentes solucionados, o Clube do Crime das Quintas-Feiras encontra-se em uma maré de tediosa normalidade. Mas não por muito tempo. Quando Elizabeth recebe a carta de um velho conhecido, sabe que está diante de um belo mistério. O agente do serviço secreto sessentão, com quem a ex-espiã tem uma longa história, acaba de cometer um erro terrível e precisa da ajuda dela. Joyce, Ibrahim e Ron são então convocados para acompanhá-la em uma aventura repleta de segredos e conspirações, que envolve diamantes roubados e a máfia. Logo os quatro amigos se deparam com mortes em circunstâncias suspeitas, e a missão se transforma em uma busca por um assassino implacável. E se eles encontrarem os diamantes… Bem, aí seria um bônus. A vida de septuagenários aposentados realmente não é moleza. Envolvido em mais um mistério, o grupo de detetives amadores vai lidar com assaltos, reuniões regadas a vinho e bolo, arrependimentos antigos e decisões cruciais, como adotar ou não um cachorro. Mas será que encontrarão o culpado antes que se tornem vítimas?
Ana Paula Laux é jornalista e trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: [email protected]