O que o bicampeonato mundial de futebol do Brasil, a morte de Marylin Monroe e o lançamento do livro” O Enigma de Sally” têm em comum? Simples. Tudo aconteceu em 1962, ano em que Phyllis Dorothy James – ou PD James – estreou na literatura. “O Enigma de Sally” apresentou o personagem mais famoso de James, o inspetor Adam Dalgliesh, um policial introspectivo que gosta de poesia e de solucionar mistérios. Até 2014, ano da morte de James, ele participou de quatorze livros da autora.
PD James trabalhou na administração de um hospital em Londres e desempenhou uma ocupação burocrática na Scotland Yard, onde acumulou conhecimentos das regras e procedimentos da polícia inglesa, bem como instrução em métodos de investigação e perícia. Assim como Dorothy Sayers, Ngaio Marsh, Agatha Christie e Margery Allingham, ela seguiu a tradição das romancistas europeias que se dedicaram à arte de matar (na ficção, é claro).
Neste top, confira oito capas originais daquela que ficou conhecida como Baronesa do Crime.
1. COVER HER FACE
Capinha bem simples do romance de estreia publicado em 1962. No Brasil, saiu sob o título “A Chantagista” (1094), pela Editora Francisco Alves. Posteriormente foi publicado com o título de “O Enigma de Sally”. Na trama, o detetive Dalgliesh e seu ajudante, o oficial Martin, investigam o assassinato da jovem e bela Sally Jupp, mãe solteira e empregada doméstica dos aristocráticos Maxie. O crime ocorre horas depois de Sally anunciar o casamento com Stephen, o charmoso filho da família.
Publicado em 1967, em português recebeu o nome de “Causas nada naturais”. A história é sobre um escritor de romances policiais, que aparece morto num barco à deriva, com as mãos decepadas. Apesar de a autópsia indicar morte por causas naturais, uma herança polpuda, um estranho manuscrito e uma fogueira de vaidades e ressentimentos impedem que o detetive Adam Dalgliesh acredite em tal hipótese.
3. SHROUD FOR A NIGHTINGALE
Ou “Mortalha para uma enfermeira”. Lançado originalmente em 1971, a capa não deixa nada a desejar a Eddie, The Head.
4. THE BLACK TOWER
O livro foi originalmente publicado em 1975. Em português, chama-se “A torre negra” (não confundir com a torre do Stephen King). Para solucionar a série de mortes ocorridas na sombria escola de enfermagem Nightingale House, no sul da Inglaterra, o detetive Adam Dalgliesh terá de adotar o sangue-frio de um legista e apurar seu senso de observação adquirido ao longo de anos de Scotland Yard.
5. DEATH OF AN EXPERT WITNESS
“Morte de um perito”, um romance policial de 1977. Numa aldeia de East Anglia, na Inglaterra, o dr. Lorrimat é assassinado dentro de um laboratório especializado – ironicamente – em exames para laudos criminais. Ninguém parece lamentar a morte do perito: os suspeitos e os álibis se multiplicam entre seus colegas de trabalho. Essa é mais uma desafiadora tarefa para o detetive da Scotland Yard Adam Dalgliesh.
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6. A TASTE FOR DEATH
Romance policial publicado originalmente em 1986. Em português, ganhou o nome “Um gosto por morte”.
7. A CERTAIN JUSTICE
Ou “Uma certa justiça”, de 1997. Na trama, o assassinato de uma advogada que havia defendido o jovem acusado de um homicídio brutal põe o inspetor Dalgliesh e sua equipe da Scotland Yard em ação. PD James já começa o livro advertindo o leitor: “Cuidado, os assassinos não costumam alertar suas vítimas”. Fica ligado…
8. THE PRIVATE PATIENT
Décimo quarto livro da série com o detetive Dalgliesh, publicado em 2008. No Brasil, recebeu o nome de “Paciente particular”. O ambiente calmo e inofensivo de uma clínica nos arredores de Londres é palco de assassinatos violentos que revelam uma engrenagem de mágoas e desejos de vingança entre serviçais, médicos e residentes. Muito trabalho para Adam Dalgliesh.
Jornalista. Trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: [email protected]