Casos arquivados são geralmente difíceis de ser solucionados, mas com o desenvolvimento da ciência forense muitos assassinatos estão encontrando respostas após décadas de mistério.
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Recentemente um caso considerado arquivado foi finalmente resolvido pela polícia dos Estados Unidos. O homem que ficou conhecido como Assassino de Golden State foi identificado através de provas de DNA, e preso.
Confira 5 casos que foram concluídos pela polícia após serem considerados arquivados.
[Imagem: My life of chrime]
Seu nome era Marvin Lee Smith, e em 1991 ele matou Jessica Lyn Keen, uma líder de torcida de 15 anos que desapareceu após ser vista em uma parada de ônibus na cidade de Columbus, capital de Ohio (EUA). O corpo da adolescente foi achado dois dias depois no cemitério, e ela havia sido estuprada. Por conta de evidências de DNA, Smith foi identificado em 2008 e se declarou rapidamente culpado do estupro e morte de Jessica para escapar da pena de morte em Ohio.
[Imagem: Divulgação]
O assassinato de Krystal Beslanowitch aconteceu em 1995, mas só foi resolvido em 2013. Krystal tinha 17 anos e era uma prostituta que foi encontrada nua, ensanguentada e morta, com a face apoiada em rochas próximo ao Rio Proto, no estado americano de Utah. Seu corpo foi encontrado num estado em que indicava que ela apanhou até morrer. O policial Todd Bonner investigou o assassinato e jamais se conformou em não encontrar a pessoa responsável pelo crime. Mais uma vez, os avanços da tecnologia forense foram decisivos para concluir o caso. O DNA do assassino foi identificado nas rochas que foram usadas para esmagar o crânio de Krystal, bem como nas unhas dela. Em 2013, ele foi identificado como Joseph Michael Simpson, um motorista de ônibus da região que foi preso em setembro daquele mesmo ano.
[Imagem: Alchetron]
Em 1957, dois policiais na Califórnia foram mortos em um tiroteio que aconteceu numa parada de trânsito. A arma do crime foi encontrada, mas ninguém jamais foi indiciado pelos assassinatos. Isso até 2002, quando as impressões digitais da arma foram associadas a um homem chamado Gerald Mason, um avô aposentado que se declarou culpado do crime e foi condenado à prisão perpétua. Ele tinha 69 anos quando foi pego e se desculpou aos familiares das vítimas, dizendo aos prantos que não sabia porque tinha matado os policiais. Os familiares de uma das vítimas não acreditaram no remorso de Mason, alegando que ele parecia arrependido apenas porque foi finalmente identificado.
[Imagem: Divulgação]
Quarenta anos é muito tempo para concluir uma investigação? No caso do Assassino de Golden State, provou-se que não. Nos Estados Unidos, foi identificado o homem acusado de cometer doze assassinatos, 51 estupros e vários assaltos entre 1974 e 1986. O nome dele é Joseph De Angelo e ele é um ex-policial da Califórnia. Sua primeira vítima foi feita em 1976, uma mulher que o viu apenas usando uma máscara. A partir desse ano, o serial killer atacou em várias cidades californianas e permaneceu impune. As vítimas não conseguiam descrevê-lo com exatidão (características físicas mudavam de acordo com a vítima), e a polícia fracassou em identificá-lo por todo esse tempo. Mas isso não quer dizer que eles tenham desistido de concluir o caso. Com a ajuda de testes de DNA – que não podiam ser feitos há 40 anos, o FBI conseguiu associar o DNA de um familiar de De Angelo a um DNA encontrado em uma das cenas do crime. A partir disso, o material genético foi comparado com pessoas da família que moravam nas redondezas dos crimes entre 1974 e 1986. E assim chegou-se ao nome do ex-policial.
[Imagem: The Guardian]
A cabeleireira Colette Aram foi morta em outubro de 1983 em Nottinghamshire, Inglaterra, quando estava a caminho da casa do namorado. Sequestrada, estuprada e estrangulada, Colette tinha apenas 16 anos. A polícia recebeu várias informações sobre o crime, mas nenhuma foi eficiente para que se chegasse a um suspeito. Isso até 2009, quando um homem chamado Paul Stewart Hutchinson foi identificado como sendo o assassino da jovem. Casado e pai de quatro filhos, ele foi descoberto após seu filho ser pego em uma blitz em junho de 2008 e o DNA dele ter sido associado ao crime na década de 1980. Hutchinson cursava Psicologia na época do crime, e chegou a enviar uma carta debochada à polícia durante a investigação policial se gabando que ainda estava em liberdade e “que vocês nunca vão me pegar”. Preso em 2009 e condenado no ano seguinte, ele tomou uma overdose de remédios na prisão e morreu em 2010.
[Fontes: Deseret News, Forensic Colleges, Tecmundo, Really Life on TV]
Jornalista. Trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: analaux@gmail.com
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