O escritor e jornalista Marco Antonio Zanfra lança amanhã (17) em Florianópolis o seu terceiro romance policial – O beijo de Perséfone (Editora Unisul) – e encerra a sua “Trilogia Marlowe”, conjunto de aventuras envolvendo o problemático policial afastado de suas funções. Como o próprio Zanfra reconhece, tudo indica ser uma aposentadoria do herói que respondia a uma sindicância por ter provocado, supostamente bêbado, um acidente de trânsito que deixou seu parceiro de trabalho em uma cadeira de rodas. “Chegou a hora de mandar nosso personagem para os arquivos da literatura”.
Marlowe surgiu em 2010 em “As covas gêmeas” (Ed. Brasiliense) e desarticulou uma rede de tráfico de órgãos descoberta por acaso enquanto procurava um garoto desaparecido. Em 2018, veio “A rosa no aquário” (Ed. Unisul), em que tenta provar a inocência de uma ex-namorada acusada de assassinato. No final da história, Marlowe resolve se exonerar da polícia antes da conclusão da sindicância que responde. Em “O beijo de Perséfone”, ele sobrevive como detetive particular e Marlowe enfrenta um sequestro que envolve muito mais interesses do que o pagamento do resgate.
Seu criador, o jornalista com mais de 40 anos de profissão e muitos deles cobrindo casos policiais, define Marlowe como “problemático, cínico, alcoolista”, mas “extremamente humano e justo”. Pai de uma criança que precisa de seus cuidados, o detetive se culpa por não dar à filha o amor que ela merece e por ter deixado seu parceiro preso a uma cadeira de rodas.
O lançamento de “O beijo de Perséfone” acontece na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis, a partir das 19 horas de amanhã, 17. “O beijo de Perséfone” tem 244 páginas e é vendido a R$ 40,00.
Jornalista. Trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: [email protected]