Embora tenha ficado mais conhecido por O Fantasma da Ópera (1911), o autor francês Gaston Leroux publicou vários livros de suspense durante a carreira. Ele foi um dos nomes mais importantes do gênero policial na França.
Suas histórias com o repórter e detetive amador Joseph Rouletabille ainda são lembradas como clássicos no subgênero de mistérios de quarto-fechado (locked-room mystery), quando o crime acontece em um ambiente fechado, sem que o assassino possa ter entrado ou saído da cena do crime.
Confira 5 curiosidades sobre Gaston Leroux e sua influência na literatura policial.
1. Nasceu em Paris
Leroux nasceu em 6 de maio de 1868, em Paris. Começou estudando direito, mas quando herdou uma boa herança após a morte do pai, viveu para gastar os milhões de francos que recebeu. Quando o dinheiro acabou, passou a trabalhar como repórter e correspondente internacional do jornal parisiense Le Matin (em 1905, cobriu a Revolução Russa). Posteriormente, ganhou a vida como escritor.
2. O sucesso
Ele lançou o primeiro livro em 1903, mas hoje é mais lembrado por O Fantasma da Ópera (1910), que ganhou várias adaptações para o cinema e teatro. A história é sobre um homem deformado que se esconde nos subterrâneos de um teatro e acaba se apaixonando por uma jovem atriz.
3. O mistério do quarto amarelo
Publicado em série em 1907, O Mistério do Quarto Amarelo fez muito sucesso e tornou-se um clássico da literatura policial e dos crimes de quarto-fechado. A história é também a estreia de Joseph Rouletabille, jovem repórter e detetive de 18 anos que investiga o desaparecimento de um criminoso dentro de uma sala trancada.
4. Joseph Rouletabille
O fato de ter sido repórter ajudou Leroux a criar um detetive que também era jornalista na ficção. Rouletabille foi criado em um orfanato religioso, situado em uma cidadezinha ao norte da França. Mais perspicaz que a polícia, ele resolve casos que as autoridades não conseguem resolver. Seu nome vem de uma gíria francesa para “Globetrotter” (literalmente roule ta bille, ou “Role seu mármore”), significando a pessoa que já esteve em todo o mundo e já viu de tudo.
5. Ídolos
Leroux era fã de dois ícones literários: Arthur Conan Doyle (foto) e Edgar Allan Poe.
Jornalista. Trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: [email protected]