O Mistério de Marie Roget foi um conto policial com o detetive Auguste Dupin, escrito por Edgar Allan Poe em 1842. Aquele era o ano em que Sir Richard Owen cunhava a palavra “dinossauro”, a Primeira Guerra do Ópio com o Tratado de Nanquim terminava e, no Brasil, Dom Pedro II casava-se com a princesa Teresa Cristina Maria de Bourbon.
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No conto, o detetive Dupin e seu assistente, o notório narrador sem nome, investigam o assassinato de Marie Rogêt em Paris. O corpo é encontrado no Rio Sena, e a imprensa se interessa muito pelo mistério. Dupin observa que os jornais “criam uma sensação … [melhor] do que promover a causa da verdade“. Mesmo assim, ele usa os relatórios dos jornais para entrar na mente do assassino.
Para criar este conto, Allan Poe se baseou em um fato real que aconteceu em Nova York: o assassinato da jovem vendedora de tabaco, Mary Cecilia Rogers.
Mary Cecilia Rogers, nascida em Connecticut em 1820, foi uma vendedora de tabaco empregada em uma loja de Nova York. Em 1841, seu corpo apareceu misteriosamente boiando no rio Hudson.
Conhecida como a “Linda Garota do Cigarro”, ela era considerada atraente pela clientela masculina. Filha do dono de uma pensão, sua beleza era considerada realmente única. A loja, muito frequentada por jornalistas, ficava frequentemente lotada especialmente por conta do carisma de Miss Rogers.
Um poema dedicado ao seu rosto apareceu no jornal New York Herald, e durante seu tempo na loja de cigarros, ela inspirou escritores como James Fenimore Cooper e Washington Irving, que visitavam o local para fumar e flertar com Mary.
Porém em 25 de julho de 1841, Miss Rogers desapareceu misteriosamente. Semanas depois, seu corpo foi encontrado boiando no rio Hudson em 28 de julho em Hoboken, Nova Jersey. Os detalhes em torno do caso sugeriam que ela foi assassinada, mas não havia evidências.
A morte de Mary Cecilia recebeu atenção nacional durante semanas. Meses depois, o inquérito continuava em curso. Seu então noivo foi encontrado morto, em um ato de suicídio. Ao seu lado, uma nota de remorso e uma garrafa vazia de veneno foram encontrados.
O caso foi amplamente divulgado na imprensa, e inspirou Edgar Allan Poe a escrever seu segundo conto com o detetive Auguste Dupin. O clássico O Mistério de Marie Roget foi publicado em três partes na revista Snowden’s Ladies’ Companion, a partir de novembro de 1842.
SOBRE O LIVRO
Título: Auguste Dupin: O primeiro detetive
Autor: Edgar Allan Poe
Tradução: Oscar Nestarez, Fátima Pinho
Páginas: 160
Editora: Novo Século
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SINOPSE – Décadas antes do icônico Sherlock Holmes fascinar os leitores com sua astúcia e inteligência, Edgar Allan Poe – a mente por trás de grandes obras da literatura mundial, bem como da gênese do conto da maneira que conhecemos – escreveu “Os assassinatos da Rua Morgue”. Nesse conto, somos apresentados ao peculiar monsieur C. Auguste Dupin, criminologista notável por sua inteligência durante a investigação de misteriosos casos de assassinato. E é claro que Poe estava, mais uma vez, fazendo história: Dupin foi o primeiro detetive da literatura, naquela que é considerada a primeira história do gênero a ser publicada. O trabalho do autor foi responsável por influenciar não só a criação de Arthur Conan Doyle como toda história policial, desde aquelas escritas no século 19 até as que são lançadas atualmente. Agora, esse legado ganha um tributo nesta edição, que reúne “Os assassinatos da Rua Morgue”, “O mistério de Marie Rogêt” e “A carta furtada”, ou seja, a trilogia completa protagonizada pelo detetive de Poe – Auguste Dupin, o primeiro detetive.
Jornalista. Trabalha com curadoria de informação, gestão de mídias sociais e criação de conteúdo digital. Em 2014, lançou o e-book “Os Maiores Detetives do Mundo” (Chris Lauxx). Contato: [email protected]
Amei o post. Fiz meu tcc analisando os três contos policiais de Poe
Que legal! :))