Basil Rathbone, o ator que passou a detestar Sherlock Holmes

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O inglês Basil Rathbone ficou associado a seu papel mais famoso no cinema, o de Sherlock Holmes. Para muitos, ele é a personificação do detetive criado por Arthur Conan Doyle, que vive no imaginário popular até hoje. No entanto, segundo o jornal The Mirror, Rathbone passou a detestar o detetive depois de interpretá-lo em vários filmes e uma popular série no rádio.

Nascido em 1892, Basil se especializou no teatro britânico em peças de Shakespeare antes de tentar a sorte em Hollywood. Um dos papéis marcantes da era pré-Sherlock foi o de Sir Guy of Gisbourne em As Aventuras de Robin Hood, clássico de 1938 com Errol Flynn e Olivia de Havilland.

Com o sucesso, Rathbone foi a primeira opção do estúdio Twentieth Century Fox para estrelar a adaptação de O Cão dos Baskervilles, uma das histórias mais famosas de Sherlock Holmes. O filme de 1939 foi o primeiro de muitos ao lado de Nigel Bruce, o eterno Watson trapalhão da série sherlockiana. De 1939 a 1946, foram quatorze filmes juntos.

Com Errol Flynn em As Aventuras de Robin Hood (1938)

 

Nigel Bruce (Watson) e Basil Rathbone em The Adventures of Sherlock Holmes (1939)

 

Cansado do personagem, ele reclamava que as pessoas na rua não o cumprimentavam mais por seu nome mas sim por “Sherlock”, como se a carreira no teatro e filmes anteriores ao detetive simplesmente tivesse desaparecido. Mas a pior parte foi quando procurou outros papéis após 1946: eles simplesmente não apareciam.

Produtores não se arriscavam a contratar Rathbone pois temiam que a associação que o público fazia dele ao detetive comprometesse os filmes. Foi difícil também encontrar oportunidades no teatro, onde tudo começou. Na era pós-Sherlock, Rathbone até ganhou o prestigioso prêmio Tony na peça The Heiress (1948), mas a conquista não foi suficiente para mudar o rumo da carreira.

Autópsia de um fantasma, último filme de Basil Rathbone (1968)

 

Processo semelhante aconteceu com o próprio Conan Doyle, que também se cansou do detetive e mandou ele passear no conto O Problema Final, de 1893. E que problema. A história causou a fúria dos fãs, que exigiram a volta de Sherlock, algo que acabou acontecendo anos mais tarde.

Segundo consta, Rathbone fez as pazes com o personagem no fim da vida. Talvez ele tivesse percebido afinal que seria, assim como Doyle, eternamente associado ao residente mais prestigioso da Baker Street. Mais uma proeza do grande Sherlock Holmes.

 

DICA DE LEITURA

Título: Box Sherlock Holmes
Autor: Arthur Conan Doyle
Tradução: Vários autores
Páginas: 1808
Editora: HarperCollins
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SINOPSE – Em 1887, o escritor escocês sir Arthur Conan Doyle criou Sherlock Holmes, o infalível detetive a quem os agentes da Scotland Yard recorriam para solucionar os mistérios mais intrigantes da Inglaterra vitoriana. Desde então, as aventuras do mestre da investigação atraem leitores ávidos por chegar à última página e ver o enigma desvendado. Esta obra completa reúne os quatro romances e os 56 contos sobre as aventuras do detetive mais famoso do mundo e de seu fiel companheiro, o dr. Watson. Para desvendar mistérios, o faro e a astúcia de Sherlock Holmes levam às fontes menos óbvias, às informações mais precisas. Um modelo que influencia até hoje a literatura policial e revela fôlego para impressionar gerações de leitores através dos tempos.

 

[Imagens: IMDB]
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